Sobre o Selo Vegano

O que é?

O Selo Vegano é um programa de certificação de produtos criado em 2013 e gerenciado pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). Seja no ramo alimentício, químico (cosmético, limpeza e higiene) ou de vestuário, nós analisamos e certificamos produtos (não empresas) que atendam a três critérios:

  • Produto sem ingredientes de origem animal *;
  • Empresa não testa produto finalizado em animais **;
  • Fabricantes fornecedores não testam os ingredientes em animais**.

*A possibilidade de presença não intencional de resíduos de origem animal nos produtos, não é um fator que impede o produto de obter a certificação Selo Vegano SVB. A análise e verificação deste critério inclui tanto a composição quanto o processo de fabricação (mesmo se o ingrediente não estiver na composição do produto final). Para saber mais, clique aqui.

**Considerando o período de carência, de no mínimo 5 anos para testes em animais para todos os produtos e ingredientes em processo de certificação.

Quais os benefícios?

Entendemos que o nosso programa de certificação traz pelo menos três tipos de benefícios:

Para os consumidores:

  • Facilidade na hora de identificar produtos veganos com segurança e sem a necessidade de ler e interpretar todos os componentes e descrições nas embalagens.

Para as marcas:

  • Mais segurança da sua própria cadeia no que diz respeito a insumos veganos ou não veganos, bem como ao produto final;
  • Maior probabilidade de venda do seu produto a 55% da população brasileira (ver seção “Mercado Vegano no Brasil”);
  • Divulgação dos seus produtos nos canais e eventos da Sociedade Vegetariana Brasileira.

Para a causa:

  • Incentivamos o desenvolvimento e qualificação das cadeias de fornecimento de insumos para indústrias a respeito de produtos veganos;
  • Divulgação do conceito “vegano” em milhares de pontos de venda ao redor do país.

Mercado Vegano no Brasil

Seja por saúde, respeito aos animais ou preocupações ambientais, a demanda por produtos veganos está passando por um crescimento sem precedentes. Segundo pesquisa do IBOPE Inteligência (2018), 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos – um crescimento de 75% em relação a 2012. Os não vegetarianos também geram demanda significativa por produtos veganos.

Segundo a mesma pesquisa de 2018, mais da metade dos brasileiros consumiria mais produtos veganos se estivessem melhor indicados na embalagem (55%) ou se tivessem o mesmo preço que os produtos que estão acostumados a consumir (60%).

Além disso, 63% da população gostariam de reduzir o seu consumo de carnes (Datafolha, 2017).

Saiba mais sobre o mercado vegano no Brasil.

Investimento

O investimento para certificar produtos varia de acordo com diversos fatores, tais como quantidade de produtos, complexidade de composição, presença de insumos críticos, e porte da empresa. O piso da taxa anual de licenciamento atualmente é de R$ 850,00.

Sobre a SVB

Fundada em 2003, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) promove o veganismo como uma opção alimentar ética, saudável, sustentável e socialmente justa. Por meio de campanhas, convênios, eventos, fomento ao mercado, pesquisa e ativismo, a SVB realiza a conscientização sobre os benefícios do vegetarianismo, e trabalha para aumentar o acesso da população a produtos e serviços vegetarianos.

O selo dá segurança ao consumidor de que o produto não usa nenhum produto de origem animal – nem na sua composição, nem no seu processo de fabricação, nem no seu desenvolvimento – e ainda tem a garantia de que o produto não é testado em animais (nem durante o processo de desenvolvimento dos seus componentes, nem ao final com o produto acabado).

Os produtos são avaliados por uma comissão de colaboradores da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), com auxílio de parceiros e outras organizações, de um escritório de advocacia, uma engenheira de alimentos e um técnico em calçados. A avaliação não se dá meramente por verificação documental da composição dos produtos, mas por extensa avaliação do processo de desenvolvimento e fabricação, incluindo possível contatos com fornecedores da empresa responsável pelo produto e, se, e quando necessário, análises laboratoriais e visitas à planta de produção.

O selo dá a garantia de que o produto é vegano. Na hipótese extraordinária de uma empresa com produto certificado ser denunciada, e ser então verificado que houve falha no processo de certificação e que os produtos não se atendiam aos critérios da certificação, a SVB irá retratar-se publicamente, suspender o uso do selo imediatamente e exigir pagamento de multa de valor pecuniário significativo para a empresa que infringiu o contrato, dedicando o valor da multa diretamente a campanhas voltadas à promoção do veganismo. A única exceção é para pessoas com alergia a ingredientes de origem animal. Uma vez que o selo tem como objetivo principal fomentar o mercado vegano e assim contribuir para uma redução na demanda por produtos de origem animal, a SVB adota a posição de que produtos que contenham apenas resíduos de leite ou outros ingredientes de origem animal podem ser certificados, pois estes não foram intencionalmente adicionados à composição do produto. Esta postura se justifica pelo fato de que resíduos representam meramente a possibilidade de que haja quantidades desprezíveis de ingredientes de origem animal, o que é declarado pelos fabricantes exclusivamente porque as mesmas máquinas são usadas para fabricar alimentos com ingredientes de origem animal. Esta ressalva tem o mero propósito de evitar que consumidores intolerantes ou com alergia muito forte corram o risco de sofrer uma reação alérgica a uma quantidade ínfima de soro de leite ou outro ingrediente de origem animal. Portanto, a SVB não considera que um produto que contenha traços de ingredientes de origem animal deva ser prescindida do selo vegano. Assim, ressaltamos que pessoas com alergia a ingredientes de origem animal não devem respaldar-se no selo vegano da SVB e consumir produtos assim certificados.

Para saber mais, clique aqui.

Não necessariamente. O selo “CERTIFICADO SVB VEGANO” garante apenas que o produto é vegano. É possível que um produto seja vegano, mas não seja saudável para ser consumido sem restrições.

Naturalmente, o selo vegano da SVB não está presente em todos os produtos veganos do mercado brasileiro. Isso ocorre por diversas razões, incluindo a limitação da capacidade da SVB de acessar todos os fabricantes e comerciantes de tais produtos, a opção de parte dos fabricantes de não aderir ao selo e/ou pagar a taxa de licenciamento anual para isso, entre outras inúmeras razões.

Sim. Há uma taxa de requisição e também uma taxa de licenciamento anual, que varia de acordo com uma série de fatores, incluindo aquantidade de produtos, complexidade da composição, presença de insumos críticos, e porte da empresa. A cobrança da taxa tem como objetivo possibilitar a manutenção e expansão do programa, visando, sobretudo, garantir um processo de certificação de alta qualidade e confiabilidade.

Contanto que o fabricante seja capaz de comprovar que não houve utilização de qualquer ingrediente de origem animal (por exemplo, farinha de osso de animais) durante o desenvolvimento ou fabricação do produto, o selo pode contemplar produtos que contêm açúcar refinado.

A SVB simpatiza com todas estas preocupações e acredita enfaticamente que elas são componentes importantes de uma prática de consumo consciente. Entretanto, reiteramos nossa posição de que o selo não tem intenção e nem vocação de fornecer qualquer garantia a respeito de outras características do produto certificado, a não ser o fato de o produto ser ou não ser vegano, isto é, livre da utilização de produtos animais nos processos de fabricação, desenvolvimento e na composição.

No ato de submissão da requisição, a empresa solicitante deverá efetuar pagamento inicial no valor de 30% do valor total do orçamento referente à taxa de inscrição e visando cobrir os custos de processamento de requisições. Este valor não é reembolsável. Se a empresa for aprovada na etapa de requisição e posteriormente na etapa de verificação (fornecimento de documentos e informações conforme solicitado pela SVB), um contrato de certificação será emitido com um determinado valor de anuidade (taxa anual de licenciamento). Este valor poderá variar amplamente, sendo R$ 850,00 o menor valor de licenciamento anual possível.

É preciso ter clara a ideia de que o selo não é concedido a uma empresa; ele é concedido a um produto. Uma empresa, mesmo que inteiramente vegana, pode solicitar certificação, mas ela será concedida produto a produto. A empresa, como um todo, jamais poderá usar o selo associando-o à empresa como um todo, mas apenas aos produtos cuja certificação foi concedida.Para uma empresa obter o selo para parte ou a totalidade dos seus produtos, ela deve seguir o passo-a-passo da certificação conforme explicado em seção própria – CLIQUE AQUI.

Qualquer pessoa pode escrever a qualquer momento para [email protected] se tiver indícios e/ou denúncia de que um determinado produto certificado não é, de fato, vegano. A denúncia pode ser feita de forma inteiramente anônima, e a SVB se compromete a garantir o anonimato. A SVB responderá a todas as denúncias feitas por este canal e dará o encaminhamento necessário para que elas sejam apuradas. Caso a denúncia se verifique como verdadeira, o contrato de certificação entre a SVB e a empresa responsável pelo produto será imediatamente rescindido, uma multa será aplicada, e a SVB publicará nota explicando o ocorrido. Caso a denúncia não se confirme, o licenciamento para uso do selo poderá ser mantido.

Já somos 7 milhões de veganos

Em uma população de 30 milhões de vegetarianos