Mercado Vegano

De acordo com um estudo conduzido pelo IBOPE Inteligência, comissionado pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) em abril de 2018, foi constatado que 14% da população no Brasil se autodeclara como vegetariana.

14%

dos brasileiros se declaram vegetarianos

Nos últimos anos, o mercado vegano no Brasil tem crescido de forma significativa, o que hoje é uma realidade, há algumas décadas sequer era cogitado. Esse crescimento é impulsionado por mudanças nas preferências do consumidor, preocupações com sustentabilidade, saúde, nutrição e uma maior conscientização sobre questões éticas ligadas ao consumo de alimentos de origem animal. Esses fatores têm desempenhado um papel fundamental no aumento da demanda por produtos veganos.

55%

dos brasileiros consumiriam mais produtos veganos se estivessem indicados na embalagem.

75%

de crescimento da população vegetariana nas regiões metropolitanas.

*comparando com a mesma pesquisa feita em 2012.

Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro este percentual sobe para 16%. A estatística representa um crescimento de 75% em relação a 2012, quando a mesma pesquisa indicou que a proporção da população brasileira nas regiões metropolitanas que se declarava vegetariana era de 8%. Em 2018, isto representava quase 30 milhões de brasileiros que se declaravam adeptos a esta opção alimentar – um número maior do que as populações de toda a Austrália e Nova Zelândia juntas.

A pesquisa conduzida pela Ipsos revelou que 22% dos entrevistados adotam uma alimentação flexitariana. Além disso, destacou que 8% da população segue uma alimentação vegetariana estrita/vegana, excluindo completamente qualquer produto de origem animal. Enquanto isso, as dietas pescetariana e ovolactovegetariana são adotadas por 7% e 5% da população, respectivamente.

Nos EUA, cerca de 50% dos vegetarianos (16 milhões de pessoas) se declararam veganos em uma pesquisa do Instituto Harris Interactive; No Reino Unido, cerca de 33% dos vegetarianos (1,68 milhões de pessoas) se declararam veganos (Ipsos MORI Institute).

Uma pesquisa liderada pela Bloomberg Intelligence prevê que o mercado global de produtos à base de plantas terá um crescimento expressivo até o final desta década. O esperado é que o valor movimentado de US$ 29,4 bilhões em 2020 para uma incrível marca de US$ 162 bilhões (cerca de R$ 847,9 bilhões) até 2030, representando uma fatia robusta de 7,7% do mercado mundial de proteínas.

Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro este percentual sobe para 16%. A estatística representa um crescimento de 75% em relação a 2012, quando a mesma pesquisa indicou que a proporção da população brasileira nas regiões metropolitanas que se declarava vegetariana era de 8%. Em 2018, isto representava quase 30 milhões de brasileiros que se declaravam adeptos a esta opção alimentar – um número maior do que as populações de toda a Austrália e Nova Zelândia juntas.

A pesquisa conduzida pela Ipsos revelou que 22% dos entrevistados adotam uma alimentação flexitariana. Além disso, destacou que 8% da população segue uma alimentação vegetariana estrita/vegana, excluindo completamente qualquer produto de origem animal. Enquanto isso, as dietas pescetariana e ovolactovegetariana são adotadas por 7% e 5% da população, respectivamente.

Nos EUA, cerca de 50% dos vegetarianos (16 milhões de pessoas) se declararam veganos em uma pesquisa do Instituto Harris Interactive; No Reino Unido, cerca de 33% dos vegetarianos (1,68 milhões de pessoas) se declararam veganos (Ipsos MORI Institute).

Uma pesquisa liderada pela Bloomberg Intelligence prevê que o mercado global de produtos à base de plantas terá um crescimento expressivo até o final desta década. O esperado é que o valor movimentado de US$ 29,4 bilhões em 2020 para uma incrível marca de US$ 162 bilhões (cerca de R$ 847,9 bilhões) até 2030, representando uma fatia robusta de 7,7% do mercado mundial de proteínas.

Restaurantes, supermercados e empresas de alimentos têm respondido à crescente demanda por produtos veganos, expandindo suas opções e lançando novos produtos para atender às necessidades dos consumidores influenciados por esse crescente movimento. Grandes redes de supermercados agora oferecem seções inteiras dedicadas a produtos veganos (os chamados “plant based”), incluindo alternativas de carne, laticínios, ovos e produtos prontos para consumo.

Aumento da Conscientização

Em uma pesquisa conduzida na universidade Middlesex University – Reino Unido, observando diversos grupos demográficos e culturais, entre os não vegetarianos, a saúde é apontada como a razão mais prevalente para considerar uma dieta vegetariana. Tendo motivos relacionados ao meio ambiente e aos direitos dos animais com forte correlação entre o apoio a campanhas vegetarianas.

De acordo com Mindel, quatro em cada cinco brasileiros estão tentando aumentar a quantidade de alimentos e bebidas à base de plantas em suas dietas. Nesse cenário, há uma oportunidade para as marcas conquistarem a população com opções de produtos à base de plantas, saudáveis e de rápido cozimento.

Um dos fatores que vem impulsionando a preferência por opções mais saudáveis e seguras pode ser atribuído ao surto de COVID-19 que alterou os hábitos alimentares dos consumidores. Com uma tendência ao resgate da “comida caseira”, os consumidores estão mais conscientes das informações nutricionais e da importância da higiene alimentar. Além disso, a crescente valorização das escolhas éticas e sociais, ligadas à exploração animal e ao meio ambiente, contribui para o desenvolvimento deste segmento.

Outro fator muito relevante para essa influência positiva do movimento junto ao prato do brasileiro pode ser associado à força do Programa Segunda Sem Carne (SSC), considerado o maior do mundo, cujas refeições distribuídas pelos parceiros superam a marca de 500 milhões, ao longo dos 15 anos de existência do trabalho.

Fator na decisão de compra dos alimentos plant based em comparação com similares de origem animal:

cuidado com a saúde

nutrição

experiência de novos sabores

Os lançamentos de produtos plant-based, similares em textura, sabor, aroma e aspecto de produtos de origem animal, têm um propósito que vai além de atingir apenas o público vegetariano ou vegano. A intenção das empresas é oferecer opções alimentares atraentes e saborosas sem necessariamente alterar os hábitos alimentares da população.

Segundo um estudo publicado pela ProVeg, produtos análogos à “carne” feitos à base de plantas são frequentemente mais saudáveis do que os produtos de carne à base de animais, que comparou 130 substitutos de carne disponíveis em supermercados holandeses com 41 produtos de referência de origem animal, os produtos à base de plantas geralmente contêm menos gordura saturada, menos calorias e mais fibras dietéticas, tornando-os uma opção potencialmente mais saudável.

Estes produtos buscam fornecer alternativas sensorialmente familiares, provenientes de fontes mais sustentáveis e, em alguns casos, consideradas mais saudáveis. Destacando estas alternativas como opções viáveis para aqueles que buscam uma abordagem mais consciente em relação à alimentação e ao meio ambiente.

Mais de um terço dos Latino-Americanos se identificam com alguma alternativa alimentar atual, segundo a Ingredion. Os números mostram que 37% dos entrevistados da região se reconhecem com movimentos como veganismo, vegetarianismo, flexitarianismo ou pescetarianismo. A grande maioria (80%) considera que as alternativas alimentares à base de vegetais são mais saudáveis, sendo que 44% adotam esse tipo de dieta para prevenir doenças e 39% para ter opções mais variadas. Para 42% dos entrevistados, a saúde e os cuidados pessoais são temas importantes após a pandemia provocada pela covid.

Protagonismo na América Latina

Em 2020 a Ingredion realizou uma pesquisa em parceria com a Consultoria Opinaia, onde os resultados apontaram que cerca de 90% dos brasileiros buscam uma alimentação mais saudável e nutritiva nos produtos vegetais. É o maior índice entre os cinco países pesquisados, cuja lista é formada por Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru. Em termos percentuais, o ranking dos três países mais interessados pelos alimentos vegetais é composto por Brasil (90%), Peru (89%) e Argentina (78%).

Os dados da pesquisa foram obtidos por meio de entrevista online com 5,7 mil pessoas, maiores de 18 anos, em toda a América Latina. De maneira geral, o público tem uma predisposição relevante a consumir menos carne. Duas em cada três pessoas ouvidas pelos pesquisadores estariam dispostas a consumir menos carne. Há ainda a busca por hábitos saudáveis, com o consumo de mais água, frutas e verduras e reduzindo a quantidade de açúcar na dieta.

O estudo oferece indicadores que ajudam a entender melhor o comportamento do consumidor Latino-Americano. O cuidado com a saúde (56%) é o principal fator de decisão de compra dos alimentos Plant-Based em comparação aos similares de origem animal, seguido pelo quesito nutritivo (28%) e pela experiência de novos sabores (26%). De maneira geral, 67% dos entrevistados consideram a sustentabilidade das marcas muito importante.

No Brasil, conforme informações da plataforma Passport da Euromonitor, o mercado de substitutos vegetais para carne e frutos do mar registrou vendas varejistas totalizando R$ 821 milhões em 2022, refletindo um crescimento de 42% em comparação com o ano anterior. Paralelamente, o segmento de leites vegetais alcançou um volume de vendas varejistas de R$ 612 milhões em 2022, evidenciando um incremento de 15% em relação a 2021.

Com uma experiência sensorial mais parecida, mesmo os mais céticos estão dispostos a experimentar e trocar a proteína animal pela opção vegetal ao menos uma vez por semana. O favorecimento da saudabilidade dos processados plant-based também tem contribuído para esta realidade, assim como a demanda por praticidade na cozinha e opções a base de plantas em bares, restaurantes e fast foods.

Com uma experiência sensorial mais parecida, mesmo os mais céticos estão dispostos a experimentar e trocar a proteína animal pela opção vegetal ao menos uma vez por semana. O favorecimento da saudabilidade dos processados plant-based também tem contribuído para esta realidade, assim como a demanda por praticidade na cozinha e opções a base de plantas em bares, restaurantes e fast foods.

Crescimento do Mercado

O mercado vegano no Brasil não apenas atende às necessidades dos consumidores, mas também tem um impacto econômico relevante. Empresas que apostam em produtos veganos estão experimentando um aumento no reconhecimento da marca, e muitas estão investindo em inovação e pesquisa para desenvolver novos produtos e atender a esta crescente demanda.

Estima-se que o mercado global de alimentos veganos testemunhe um crescimento a um CAGR (Compound Annual Growth Rate) de 10,5% durante o período de previsão de 2022 a 2030, segundo relatório emitido pelo Wemarket Research Superando o crescimento anterior de 8,4% durante o período 2018 até 2021.

No Brasil, o volume de buscas pelos termos “vegan” e “vegano” aumentou em aproximadamente 600% entre 2014 e 2023 (Google Trends).

Atualmente no Brasil, existem mais de 3860 estabelecimentos que oferecem pelo menos uma opção vegana no cardápio, acompanhados por grandes redes de supermercados que também oferecem versões veganas de produtos tradicionais, como cárneos, lácteos, molhos, massas e muitos outros.

Alinhado a esta proposta o programa de certificação vegana da SVB também pode ser utilizado como um termômetro do crescimento deste mercado. Criado em 2013, o programa Selo Vegano já contempla mais de 4.000 produtos de cerca de 250 empresas parceiras. Nesse tempo, 700 fabricantes fornecedores já foram avaliados e cerca de 4.700 ingredientes auditados. A maioria das marcas são de alimentos, mas também há produtos cosméticos, de higiene pessoal, suplementos alimentares, produtos de limpeza, lavanderia e calçados. Mais informações podem ser encontradas em: www.selovegano.com.br e no perfil @selovegano, no Instagram.

Segmento Lácteos

O setor de lácteos vegetais também tem ganhado espaço nesse movimento. No primeiro trimestre de 2020, por exemplo, o volume de leite de aveia consumido registrou uma alta de 478% nos Estados Unidos. Os benefícios funcionais da bebida vegetal e o crescimento da intolerância ao leite de origem animal estão entre os principais motivos para a forte demanda. Em contrapartida, o volume de leite de origem animal teve uma queda diária de 3,7 milhões de galões (cada galão tem 3,8 litros), no primeiro semestre de 2020.

Nos próximos cinco anos, a demanda deverá seguir o mesmo ritmo das proteínas e crescer mais de 5% por ano. O estudo da Mordor Intelligence calcula que 85% dos brasileiros possuem algum nível de intolerância à proteína do leite de origem animal, ante 69% dos chilenos e 60% dos argentinos. O crescimento das doenças alérgicas e de intolerância à proteína dos leites de origem animal são apontados por especialistas como os principais fatores para a tendência de crescimento dos leites e derivados vegetais no mercado sul-americano.

Nos próximos sete anos, a Transparency Market Research revela que a preocupação cada vez maior com as mudanças climáticas, a crueldade animal e a saúde devem acelerar a demanda. A tendência é que o queijo vegano continue em alta, com projeção de crescimento de 10% ao ano, até 2027. Com base nessa análise, a consultoria calcula que o mercado de queijo vegano deve movimentar aproximadamente US$ 7 bilhões até o final de 2030.

A América do Norte e a Europa são as regiões mais disputadas pelo mercado de produtos ‘plant based’, que incluem substitutos de carnes e leites. A busca por um estilo de vida mais saudável é um dos maiores motores para o mercado de proteínas, leites e snacks alternativos. Os produtos à base de vegetais ajudam a reduzir os níveis de açúcar e gordura no sangue, além de minimizarem o impacto ambiental e o sofrimento animal.

dos brasileiros possuem algum nível de intolerância à proteína do leite de origem animal

Fonte: Mordor Intelligence

dos consumidores no mundo está mudando de dieta para prevenir doenças

Fonte: Sainsburys

dos consumidores brasileiros afirmaram ter reduzido o consumo de carne nos últimos 12 meses

experimentariam carnes vegetais que fossem idênticas às de origem animal

Fonte: GFI, 2020

Segmento Flexitariano

Segundo o estudo ‘O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant Based’, elaborado em 2020 pelo The Good Food Institute (GFI), 49% dos participantes afirmam ter reduzido o consumo de carne neste ano, e destes, cerca de 85% das pessoas disseram que experimentariam carnes vegetais que fossem idênticas às de origem animal. Os dados foram compilados entre os dias 11 a 20 de maio de 2020 durante entrevistas com duas mil pessoas, do sexo masculino e feminino, com mais de 18 anos. A região que lidera este movimento é o Nordeste, onde 53% da população afirma ter reduzido o consumo de produtos de origem animal.

A prioridade do consumidor é a experiência de consumo semelhante à do produto tradicional. Possuir sabor, aroma e textura igual ou melhor foi apontado por 62% dos participantes como a característica mais importante. A vontade de consumir um produto o mais natural possível ficou bastante próxima do primeiro lugar, com 60% das pessoas também escolhendo essa característica, indicando que o consumidor valoriza a percepção de naturalidade nos produtos. Logo em seguida foi priorizado o valor nutricional igual ou melhor, com 59%.

dos brasileiros deixam de comer carne. Pelo menos uma vez na semana, por vontade própria .

Fonte: Ipec, 2021

dos brasileiros escolhem uma opção vegana. Quando essa informação é destacada pelo restaurante/ estabelecimento

Fonte: Ipec, 2021

Mais vegetais

Uma pesquisa publicada pela agencia de Consultoria (IPEC), antigo Ibope Inteligência, realizada em 2021 a pedido da SVB, reforça o avanço do consumo desse movimento junto aos consumidores. As entrevistas foram feitas com um total de 2.002 pessoas em todo o Brasil e revelou que o público acima dos 35 anos está buscando dietas mais saudáveis, com mais vegetais e menor consumo de carnes. Os dados mostram ainda que 46% dos brasileiros com este perfil pararam de consumir carne, ao menos uma vez por semana, por vontade própria.

Outro dado interessante da mesma pesquisa que reforça a mudança no comportamento dos consumidores é que mais de 30% das pessoas já escolhem opções veganas em restaurantes e outros estabelecimentos. Os resultados deste ano impressionam, mas em 2018 a SVB já havia encomendado outra pesquisa – ao mesmo instituto, à época ainda chamado de Ibope – cujos números apontavam que 14% dos brasileiros se consideravam vegetarianos, e a maioria da população do país já estava disposta a escolher mais produtos veganos.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas que reduziu o consumo de carnes (39%) possui o nível médio de escolaridade, seguido pelos ensinos superior (22%) e fundamental (19%). A maior parte do público (62%) mora no interior, enquanto 25% vive na capital e 14% nas periferias. Os números indicam que há um novo perfil de consumidor, mais adepto ao que chamamos de flexitarianismo, que é quando as pessoas reduzem por vontade própria o consumo de carnes e derivados de produtos animais.

A região Sul do país, com 41%, lidera o ranking dos flexitariano, seguido Nordeste (39%), Sudeste (35%) e Norte/Centro-Oeste (32%).

Carne in vitro

A carne cultivada, também conhecida como carne in vitro, está ganhando destaque como uma alternativa revolucionária aos métodos tradicionais de produção de alimentos. Desenvolvida a partir de células que crescem em biorreatores, esses produtos prometem oferecer benefícios significativos, incluindo uma produção mais sustentável, livre de antibióticos, a diminuição da exploração animal e têm grande potencial para reduzir os impactos ambientais gerados pela pecuária convencional.

Segundo o portal de notícias Infobae, o departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deu sinal verde em junho de 2023 para a comercialização de carne de frango cultivada em laboratório por duas empresas. Essa autorização marca uma mudança significativa na indústria alimentícia, trazendo uma nova perspectiva quanto à produção de alimentos, uma vez que apresenta uma alternativa aos métodos tradicionais de criação e abate de animais vivos.

Convergente à demanda do mercado por proteínas cárneas e à crescente preocupação da população com a sustentabilidade no Brasil, a Embrapa lidera um projeto pioneiro para desenvolver carne de frango cultivada em laboratório, cujo desenvolvimento utiliza nanocelulose bacteriana como suporte para o crescimento celular, com a meta de produzir filés de frango desossados.

Enquanto o mercado global continua a crescer, com diversos países explorando essa tecnologia, as instituições brasileiras estão na vanguarda do desenvolvimento dessa inovação alimentar, que poderá transformar a indústria de proteínas cárneas.

Além da alimentação

Nas últimas décadas, observamos uma mudança global na maneira como as pessoas interagem com o mundo ao seu redor, impulsionada pelas redes e mídias sociais, que facilitam a comunicação instantânea e de alcance sem precedentes. Nessa realidade, artistas, celebridades e obras artísticas destacam as preocupações das novas gerações sobre o uso responsável dos recursos naturais, incentivando as pessoas a reconsiderar suas ações diante das consequências iminentes.

Atualmente, existem obras que evidenciam o impacto do consumo de produtos de origem animal no ecossistema e na saúde humana, assim como documentários, filmes e séries que abordam de diversas maneiras a realidade da exploração animal, seja para fins alimentares ou científicos.

Alinhados à demanda da sociedade em março de 2013, a União Europeia promulgou uma resolução que impõe a redução do uso de animais em testes científicos. Esta visa promover alternativas aos testes em animais, destacando a importância da implementação dos princípios de substituição, redução e refinamento. Esses princípios buscam minimizar o sofrimento animal e garantir a segurança dos produtos, incentivando o desenvolvimento de métodos in vitro e modelos computacionais.

Além disso, a resolução enfatiza a necessidade de cooperação internacional e compartilhamento de informações para avançar na pesquisa sem recorrer ao uso de animais, refletindo o compromisso da União Europeia com o progresso científico responsável.

Desafios e oportunidades

Apesar do crescimento rápido, o mercado vegano no Brasil ainda enfrenta desafios, como a falta de regulamentação e padronização de produtos veganos, além de questões de acessibilidade e custo. No entanto, esses desafios também representam oportunidades para empresas inovadoras e empreendedores que buscam atender às necessidades de um mercado em expansão.

Os dados demonstram uma mudança de comportamento do consumidor brasileiro, o mercado de proteínas e leites vegetais no Brasil, vem passando por um momento de maturidade e consolidação de marcas. Com um preço mais popular e sabores que se aproximam da proteína animal, porém mais saudáveis, estimulam a escolha do consumidor.

O mercado vegano no Brasil continua a crescer e se diversificar com o veganismo deixando de ser uma tendência e se consolidando como um movimento que veio para ficar. Com a crescente conscientização sobre os impactos da nossa alimentação no planeta e nos animais, é de se esperar que o mercado vegano continue a expandir nos próximos anos, trazendo consigo não apenas opções alimentares mais saudáveis e éticas, mas também um mundo mais sustentável e compassivo para todos.

REFERÊNCIAS

Ingredion/Opinaia; IPEC; Folha de S Paulo; CBInsights; Vegeconomist; CNBC; Mordor Intelligence; Transparency Market Research; Sainsbury’s; ‘O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant Based’, The Good Food Institute (GFI); Consultoria NielsenIQ; Consultoria ‘Research and Markets’; Organização das Nações Unidas (ONU); J.P Morgan; Barclays; A.T. Kearney; IPSOS; e ‘Indústria de Proteínas Alternativas’; The Good Food Institute (GFI); Infomoney; Bloomberg intelligence; Passport da Euromonitor; Food and Nutrition-Staple Foods; Proveg; wemarket research report.InfoBae, IPSOS.