Vegetarianismo

Qual a diferença entre veganismo e vegetarianismo?

Veganismo é um movimento em que seus adeptos evitam, na medida do possível e do praticável, excluir todas as formas de exploração e crueldade contra os animais – seja na alimentação, vestuário ou outras esferas do consumo

Já o vegetarianismo é uma escolha alimentar na qual se tira os produtos de origem animal do cardápio.

Mas existem tipos de vegetarianismo? Quais são os principais?

a. Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação.

b. Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação.

c. Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação.

d. Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.

e. Alimentação vegana: não utiliza nenhum tipo de produto/insumo de origem animal e que nenhum deles tenha sido testado em animais

f. Alimentação Plant Based: é 100% vegetal (exclui todos os ingredientes de origem animal) e prioriza os alimentos mais naturais e íntegros (também conhecida como whole food plant based diet).

O dia-a-dia do vegetariano

Ser vegetariano é mais fácil do que parece. Se você nunca considerou esta possibilidade e não consegue pensar em aderir, comece com a Segunda Sem Carne. Mas tenha certeza de que não é tão difícil quanto parece, é surpreendentemente delicioso, aumenta (em vez de diminuir) o seu repertório de pratos, culinárias e alimentos e, mais importante ainda, é o melhor que você pode fazer pela sua saúde, pelos animais, pelas pessoas e pelo meio ambiente.

Veja algumas informações sobre o mercado vegetariano no Brasil.

São diversos os motivos que levam os indivíduos a se tornarem vegetarianos

1. Ética

São abatidos mais de 10 mil animais terrestres por minuto no Brasil para produzir carnes, leite e ovos.

A maioria destes animais são frangos, porcos e bois – animais que têm uma complexa capacidade cognitiva e sentem dor, sofrimento e alegria da mesma forma que os cães que temos em casa.

Os animais são sencientes (capazes de sofrer e sentir prazer e felicidade), por isso a escolha vegetariana é uma escolha de não compactuar com a exploração, confinamento e abate destes animais.

2. Saúde

Diversos estudos associam efeitos positivos de saúde com a maior utilização de produtos de origem vegetal e restrição de produtos oriundos do reino animal.

De acordo com inúmeros estudos científicos – cada vez mais freqüentes e publicados por instituições idôneas –, o consumo de carnes está diretamente associado ao risco aumentado de doenças crônicas e degenerativas como diabetes, obesidade, hipertensão e alguns tipos de câncer.

3. Meio ambiente

Segundo a ONU, o setor pecuário é o maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais aqüíferos do mundo. A ONU também estimou que cerca de 14,5% das emissões de gases do efeito estufa oriundas de atividades humanas têm origem no setor pecuário.

A maior parte do desmatamento da Amazônia tem sua origem na produção de carnes, laticínios e ovos. 97% do farelo de soja e 60% do milho produzidos globalmente são utilizados não para consumo humano, mas para virar ração para as fazendas e granjas industriais, produzindo alimentos a uma eficiência muito baixa.

4. Sociedade

A produção de alimentos através da atividade pecuária não é apenas ambientalmente degradante, mas também contribui significativamente para o desperdício global de alimentos, uma vez que são consumidos de 2 a 10 Kg de proteína vegetal (por exemplo, soja) para produzir apenas 1 Kg de proteína de origem animal.

Em um mundo com 1 bilhão de pessoas que passam fome, jogar toda essa comida no lixo é socialmente inaceitável. Ademais, o setor pecuário concentra a maior parte da mão-de-obra escrava rural brasileira. Segundo alguns estudos, a principal motivação de adoção do vegetarianismo é a ética, seguido da motivação de saúde e, em menor proporção, de outras motivações.