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“Trabalhamos para que nossa opção por uma alimentação saudável, sustentável e isenta de dor e sofrimento para os animais tenha cada vez mais adeptos, e que esses também se transformem em arautos, levando o ideal do vegetarianismo a um número cada vez maior de corações”, conta Gilmar do Rocio Gonçalves, 47 anos, vegetariano há 20 anos e colaborador do grupo desde 2005.

“Precisamos mostrar às pessoas que a violência, a fome, marginalidade, guerras, e mais recentemente as grandes mudanças climáticas que se anunciam, têm raízes muito profundas num milenar hábito aparentemente inocente de comer carne, e que se quisermos mudar essa situação, podemos começar pelo simples ato de modificar nossa alimentação”.

Esse é o tema principal das atividades organizadas pelo grupo, que mantém contato constante com a comunidade principalmente através dos eventos, simpósios, palestras, demonstrações de culinária, exibição de filmes e distribuição de material informativo.

Com essas iniciativas, o grupo pretende, este ano, aumentar o número de associados e conseguir uma sede onde possa promover reuniões e pequenos eventos, além de realizar encontros para manter o contato com o público. “O grupo concentra-se em promover o vegetarianismo como opção alimentar, ética, de saúde e em favor do meio-ambiente”, diz Gonçalves.

Atitude – promover mudanças exige atitude. E se o objetivo é esse, o grupo parece estar no caminho certo, mostrando-se sempre bastante ativo, fazendo-se presente com eventos que promovem troca de informações e difusão de conhecimento. “Tivemos no ano passado dois simpósios e várias reuniões públicas, com boa receptividade popular, onde além de palestras e exibição de filmes documentários houve demonstrações e degustações de culinária e “alimentação viva””.

O grupo defende a idéia de mostrar o vegetarianismo como uma opção saudável, ética e como parte de um processo maior de consumo consciente. Para isso, seus membros se esforçam em oferecer apoio e informação a todos os que desejam optar pela dieta vegetariana e aos que são vegetarianos e desejam aprofundar seus conhecimentos. Gonçalves comenta que eles também procuram desmistificar o vegetarianismo para aqueles que consideram essa uma dieta cara, de difícil adaptação e pobre do ponto de vista do sabor e riqueza nutricional. “Mostramos que a alimentação vegetariana, além de ética e saudável, pode ser acessível, fácil de preparar e também equilibrada e muito saborosa. E que podemos ser ecologistas pelo menos três vezes por dia: no café, no almoço e no jantar. E o melhor, felizes com e por causa disso”.