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No âmbito de sua participação no Grupo de Trabalho Participativo (GTP) para a revisão do Plano de Ação Climática do Município de São Paulo (PlanClima SP), a SVB foi convidada pelo secretário Renato Nalini, apoiador da Segunda Sem Carne desde a época em que foi secretário de educação do estado de São Paulo, a ter uma cadeira no comitê responsável pelo Plano. A participação da SVB neste processo envolveu duas reuniões sobre o tema: uma online, representada pela nossa consultora em Meio Ambiente, Júlia Lopes, e uma presencial na prefeitura de São Paulo, representada pelo nosso especialista em Relações Governamentais, Luiz Amorim. Em agosto de 2025, a entidade formalizou um conjunto detalhado de mais de 20 propostas técnicas à Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas (SECLIMA). As contribuições visam fortalecer a estratégia municipal de enfrentamento à crise climática, com foco na centralidade dos sistemas alimentares.

Um dos pontos centrais defendidos pela SVB é a institucionalização de um Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa por Consumo. A metodologia permite uma mensuração mais precisa do impacto climático total do município, abrangendo não apenas as emissões geradas em seu território, mas também as induzidas por sua demanda econômica. Isso representa uma mudança fundamental na forma como a cidade de São Paulo mede e assume sua responsabilidade climática, inclusive em relação à alimentação.

No campo das políticas públicas, a SVB sugere a ampliação de programas existentes e a criação de novas iniciativas. As propostas incluem a expansão do “Cardápio Sustentável”, hoje vigente nas escolas municipais, para todas as instituições públicas municipais, estabelecendo a oferta de refeições à base de vegetais ao menos uma vez por semana, e a criação de um programa de incentivo fiscal para restaurantes que ampliem a oferta de pratos vegetais. Adicionalmente, foi proposta a meta de garantir um mínimo de 40% de opções de refeições à base de vegetais em todos os eventos públicos promovidos ou apoiados pela prefeitura.

As sugestões também abordam a segurança alimentar e a economia circular, com propostas para dobrar o número de feiras de produtores orgânicos em áreas de “desertos alimentares” e implementar um programa “Moeda Verde”, já em vigor em municípios vizinhos, que permitiria a troca de resíduos recicláveis por alimentos frescos de produtores locais.

A SECLIMA irá avaliar e consolidar as contribuições recebidas dos integrantes do GTP em uma nova versão do PlanClima SP, que deverá passar por consulta pública em outubro. De acordo com o cronograma apresentado, a versão final do documento deverá ser disponibilizada no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para formalização e pactuação em novembro. 

A SVB reitera seu compromisso com o processo participativo e a construção de políticas climáticas eficazes e baseadas em evidências.