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18/02/2025

Revolução vegana nas universidades: Mitigando as mudanças climáticas

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O Plant-Based Universities (PBU) é um movimento internacional que surgiu no Reino Unido em 2021. Liderado por estudantes, seu objetivo central é promover a transição das universidades para uma alimentação 100% vegetal. A iniciativa busca mitigar as crises climáticas e ambientais, reconhecendo o papel crucial das universidades na formação de líderes e na pesquisa relacionada ao clima.

O PBU argumenta que as universidades podem liderar pelo exemplo, inspirando governos e outras instituições ao adotarem cardápios totalmente vegetais. A campanha encoraja as universidades a se desvincularem da indústria de pecuária, setor amplamente conhecido por seu significativo impacto ambiental.

Desde sua criação em 2021, o movimento expandiu-se internacionalmente, com campanhas ativas em mais de 80 universidades no Reino Unido e no exterior. Diversas universidades realizaram votações históricas para a transição completa à alimentação vegana, com destaque para a Universidade de Cambridge e o University College London.

Um relatório da Bryant Research de outubro de 2024, intitulado “Climate-Conscious & Cost-Effective: A Case for Plant-Based University Catering“, analisou os impactos financeiros e ambientais da transição para alimentação vegetal nas universidades. O estudo demonstrou que alimentos veganos são consistentemente mais sustentáveis em diversos aspectos ambientais, além de reduzirem os custos de aquisição. Segundo o relatório, refeições veganas emitem 84% menos CO2eq que refeições à base de carne, utilizam menos de um décimo da terra e 69% menos água. Além disso, uma universidade britânica de porte médio, com 10.000 alunos, poderia economizar mais de £500.000 (aproximadamente R$3,6 milhões) por ano em custos de aquisição de alimentos ao adotar um sistema totalmente vegetal.

O movimento Plant-Based Universities demonstra seu potencial na mitigação das mudanças climáticas através da transformação da alimentação nas instituições de ensino superior e da conscientização dos estudantes sobre os impactos climáticos do consumo de produtos de origem animal. 

Esta iniciativa apresenta-se, ainda, como uma excelente medida a ser implementada também no Brasil, país em que 86% da pegada de carbono da dieta da população provém do consumo de carne. Ao aderir a este movimento internacional, as universidades brasileiras estariam gerando diversos benefícios socioambientais, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, a economia de recursos financeiros para investimento em outras áreas, a promoção da saúde, a conscientização ambiental e a inclusão de estudantes com restrições alimentares.


Fonte: Plant-Based Universities (2025)

 

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