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23/01/2025
Retrocesso Climático: EUA Abandonam Compromissos Ambientais
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Em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump, em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, assinou uma série de decretos revogando políticas ambientais e climáticas estabelecidas durante o governo de Joe Biden. Essas medidas, amplamente criticadas por especialistas e ambientalistas, representam um retrocesso significativo nos esforços globais de combate às mudanças climáticas.
A principal medida tomada por Trump foi a retirada dos EUA do Acordo de Paris, um tratado internacional assinado por 196 países em 2015 que visa limitar o aquecimento global. Esta é a segunda vez que os EUA abandonam o acordo durante um governo Trump, evidenciando o descompromisso do país com a agenda climática global. Como segundo maior emissor de CO₂ do mundo e maior emissor histórico, a saída dos EUA enfraquece o acordo e compromete o alcance das metas de redução de emissões.
Além da saída do Acordo de Paris, Trump assinou decretos que incentivam a produção de combustíveis fósseis, eliminando barreiras regulatórias para sua exploração. O presidente declarou uma “emergência energética nacional”, alegando a necessidade de ampliar a produção energética para suprir a demanda crescente e baixar os preços. Tais medidas desconsideram os alertas da comunidade científica internacional sobre como a exploração de combustíveis fósseis agrava o aquecimento global, ameaçando tanto a saúde do planeta quanto da população.
As medidas de Trump também desmantelaram iniciativas de justiça ambiental implementadas no governo Biden que visavam proteger comunidades marginalizadas, que sofrem desproporcionalmente com os impactos da poluição e da degradação ambiental. A reversão dessas políticas deixa essas populações ainda mais vulneráveis aos efeitos da crise climática e da exploração de combustíveis fósseis. Como se não bastasse, Trump revogou incentivos para veículos elétricos, setor crucial para reduzir emissões nos transportes, e restringiu a instalação de parques eólicos, ignorando o potencial dessa fonte limpa e renovável para a segurança energética.
O retrocesso nas políticas ambientais promovido por Trump terá consequências negativas para o meio ambiente, a economia e a sociedade, tanto nos EUA como em outros países. Essa situação torna-se particularmente alarmante considerando que 2024 foi o primeiro ano em que o aquecimento da Terra ultrapassou 1,5ºC, consolidando-se como o ano mais quente da história. Não por acaso, tais medidas geraram forte oposição de ambientalistas, cientistas e líderes políticos, que alertam para os graves impactos dessas políticas para o planeta e as futuras gerações.
Enquanto os Estados Unidos retrocedem em seus compromissos climáticos ao se retirarem do Acordo de Paris, é crucial destacar que o veganismo se apresenta como um forte aliado na luta contra as mudanças climáticas. Não podemos depender apenas de políticas públicas e políticos — precisamos fazer mudanças individuais. Nesse contexto, a alimentação vegana surge como uma ferramenta poderosa para essa transformação, pois contribui para uma redução drástica das emissões de gases de efeito estufa da agricultura e dos sistemas alimentares, setores que contribuem significativamente para o aquecimento global.