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13/03/2024

Novo estudo revela potenciais benefícios da redução de consumo de carne

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Em 2024, o Reino Unido enfrenta desafios importantes para conseguir bater as metas ambientais e melhorar a saúde de sua população. Ao mesmo tempo, os crescentes custos com saúde e um clima econômico difícil significam que o governo e as famílias médias devem tomar atitudes pequenas mas que gerem impacto significativo.

Então um estudo feito pela Conservative Animal Welfare Foundation publicado pela Bryant Research revisaram a literatura de saúde pública, ciência ambiental, economia e ciência comportamental e modelaram os potenciais benefícios para o Reino Unido de vários cenários de redução de consumo de carne. Além de estimar economias para o sistema de saúde, NHS (National Health Service), provenientes da redução de mortes por doenças relacionadas ao estilo de vida que acentuadas por dietas ricas em carne, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade e câncer.

Em relação ao impacto ambiental o estudo encontrou os seguintes resultados: 

  • A carne é a principal emissora de CO2 de 30 a 40% das emissões de metano dos humanos vem da criação de animais. 
  • 1kg de carne bovina (beef) emite 216 vezes mais CO2 do que 1kg de batata, peixe 30 vezes mais
  • Emissão dos gases do efeito estufa podem diminuir em até 3x por meio da redução do consumo de carnes e que exclusão dos produtos de origem animal da alimentação é um dos fatores mais efetivos para reduzir a produção de CO2. 

Achados sobre o impacto na saúde em reduzir os produtos de origem animal: 

  • Quanto maior a quantidade de carne vermelhas e processadas maior é o risco de desenvolver diferentes tipos câncer
  • Pessoas que tinham o consumo de frango ou peixe não apresentaram melhores níveis de colesterol quando comparados às pessoas que consumiam carne bovina
  • Quanto maior o consumo de ovos maior é o risco de desenvolver diabetes e menor expectativa de vida. Trocar os laticínios por alimentos vegetais reduz risco de doenças cardiovasculares e promove longevidade

Logo, cada vez mais as evidências sugerem que reduzir o consumo de leites e derivados, ovos e todos os produtos de origem animal proporciona uma vida mais saudável. 

Achados na parte econômica em priorizar os alimentos vegetais aos produtos de origem animal: 

  • Mudar a alimentação para alimentos baseados em vegetais, seja por uma alimentação mais natural (whole food plant based) ou com a inclusão de alguns alimentos industrializados reduziu o orçamento. Essa redução chega a ser de 16%, além de promover mais saúde.
  • O consumo de carnes pelos britânicos gera um crescimento lento na economia. E há possibilidade para os produtores de carne lucrarem com alimentos a base de vegetais

Por fim o estudo aborda que para haver mudanças é preciso influenciar as pessoas a fazerem melhores escolhas, sem fazer punições, o estímulo deve ser para gerar a autonomia nas pessoas, uma forma bem avaliada no estudo de fazer esse incentivo é nos restaurantes oferecerem como padrão um cardápio baseado em vegetais, caso a pessoa queira consumir produtos de origem animal ela deve solicitar um outro cardápio.   

Portanto, os maiores achados do estudo foram: 

  • Se a população britânica fizessem o almoço sem carne durante a semana, a melhora na saúde poderia fazer com que o NHS economizasse até £2,2 bilhões por ano
  • A redução do consumo de carne na Grã-Bretanha em 10% (por exemplo, comer 2 pacotes de salsicha a menos por família por mês) compensaria as emissões de 16% dos carros nas estradas do Reino Unido
  • A família britânica média poderia substituir 20% de seu consumo de carne e economizar mais de £130 por ano
  • A implementação de padrões sem carne em serviços públicos de bufê – uma intervenção de baixo custo e sem objeções – economizaria economizaria ao NHS £74 milhões por ano. 

Veja o estudo completo aqui: LINK DO ESTUDO

Texto: Tatiana Consoli

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