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Texto: Larissa Maluf

O fenômeno das redes sociais tem sido cada vez mais reconhecido como uma ferramenta poderosa na disseminação de informações e na influência de mudanças comportamentais em escala global. Em 2021, por exemplo, uma grande mobilização nas redes sociais trouxe a atenção da grande mídia para o caso das Búfalas de Brotas, onde centenas de animais foram abandonados por um pecuarista. O caso mobilizou não apenas veículos de imprensa nacionais, mas também internacionais, que repercutiram em diversos países no mundo. Algumas imagens captadas na ocasião, viralizaram e evidenciaram o poder da mudança por meio das redes sociais. Esse foi o caso do vídeo da búfala Carequinha, que ao contemplar o pôr do sol, gerou uma onda de reflexão e mudança de hábitos em favor dos animais.

O caso das búfalas de Brotas não é único. O poder das redes sociais na transformação de hábitos em favor dos animais vai além de vídeos virais. A disseminação de informações sobre os impactos da indústria pecuária no meio ambiente, na saúde e na vida dos animais tem levado cada vez mais pessoas a considerarem opções mais éticas e sustentáveis em suas escolhas cotidianas.

Além disso, as redes sociais têm sido um canal eficaz para desmistificar a ideia de que o veganismo é caro e inacessível. Diversos são os perfis que compartilham receitas econômicas, dicas de compras e alternativas cruelty-free, tornando as plataformas digitais úteis no acesso a um estilo de vida vegano para um público mais amplo.

É importante ressaltar que o impacto das redes sociais na mudança de hábitos não se limita apenas aos consumidores individuais. Empresas e marcas também têm sido pressionadas a adotar práticas mais éticas e sustentáveis em resposta às demandas dos consumidores conscientes, amplificadas pelo poder das redes sociais.

Diversas organizações em defesa dos animais também utilizam suas redes para propagar conteúdos que auxiliam nessa mudança. A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), por exemplo, disponibiliza uma ampla variedade de conteúdos gratuitos para todos os interessados, incluindo receitas veganas e guias nutricionais. Esses recursos acessíveis e de fácil compartilhamento têm contribuído para a disseminação do veganismo e para a conscientização sobre as questões éticas e ambientais associadas à produção e consumo de produtos de origem animal.

Em suma, o trabalho de divulgação das organizações e ativistas, o caso da búfala Carequinha, das porcas do Rodoanel, do embarque de animais vivos e outras histórias similares evidenciam o potencial das redes sociais como agentes de mudança na conscientização e na promoção de hábitos mais compassivos em relação aos animais. Ao unir vozes e compartilhar informações, podemos construir um mundo mais gentil e compassivo para todas as formas de vida que compartilham este planeta conosco.